Origens da Colaboração Vicentina
01/12/2017
Frequentemente nos dias de hoje ouço a palavra colaboração. Eu ouço no trabalho, na televisão e no serviço. As palavras “colaboração” e “cooperação” às vezes são usadas indistintamente, mas têm diferentes modos de utilização. Cooperar é trabalhar juntos para fazer algo e não tem que estar necessariamente relacionado com as suas crenças. No entanto, a colaboração propõe um objetivo comum que está profundamente incorporado naqueles que trabalham para alcançá-lo. Os ramos da Família Vicentina partilham a mesma história, realidades e aspirações, metas e objetivos.
Os sinais da colaboração apareceram muito cedo com a primeira fundação da Família Vicentina. São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac incorporaram esta ideologia numa amizade que foi de grande importância para a Igreja e para os pobres. Estas duas excepcionais pessoas de diferentes personalidades deram um exemplo significativo de humildade e sacrifício pelo bem comum.
Vicente era um menino camponês, enquanto Luísa era uma moça da cidade. Podia-se pensar que pessoas tão diferentes em suas origens, experiências, personalidades e formas de ser, nunca poderiam colaborar e alcançar um resultado bem sucedido. Juntos mudaram-se a si mesmos, para o bem da Igreja. Durante anos foram aprendendo a conhecer-se, a estimar e a respeitar-se uns aos outros, enquanto trabalhavam intensamente para ajudar os pobres em toda a França e fora das suas fronteiras. Desta colaboração resultou a fundação das Damas da Caridade, as Filhas da Caridade, etc., para ajudar a milhares de pessoas de diferentes idades.
Em 2013, o Programa Colaboração e Ação da Família Vicentina (VFCAP) iniciou uma reunião em Paris com representantes dos diferentes ramos de 20 países. Continuara-se a fazer outras reuniões em diferentes idiomas e integraram-se outros ramos. As reuniões foram muito frutíferas e os membros que participaram foram as sementes da colaboração entre os diferentes ramos nos seus países. Cada membro escreveu um plano de ação onde procurava sensbilizar para a importância da colaboração entre diferentes ramos e como colocar em prática. Os assessores do VFCAP visitaram vários países para ajudar os novos colaboradores da Família Vicentina em tudo o que precisavam. Hoje, esses países, juntamente com muitos outros, realizaram muitos projetos com sucesso e identificaram muitos “Vicentinos não afiliados” que vivem com as virtudes Vicentinas nas suas vidas diárias.
À medida que vivemos os 400 anos do nascimento do carisma vicentino, como membros da JMV, somos chamados a enriquecer-nos com as experiências dos outros e a enriquecer os outros com as nossas. Vamos colaborar para estabelecer amigos, habilidades, atitudes e missões em comum com toda a Família Vicentina. Acreditando mais em “nós”, do que no “eu”. Os nossos recursos como família são enormes se estabelecemos um objetivo comum, mesmo com diferentes abordagens para atingir esse objetivo. Que nos impliquemos na Igreja em saída, isto é, ao lado dos pobres e com os pobres.
“Deveríamos ajudar os pobres em todos os sentidos e fazê-lo por nós mesmos e incentivando a ajuda dos outros”
Andrew Wagdy
Conselheiro Internacional da JMV
